Monday, August 20, 2007

Doenças: Leucose Felina - FeLV


  • Agente causador - Vírus infecto-contagioso que causa imunodeficiência.
  • Tempo de icubação - média de 2 anos após contaminação.
  • Modo de transmissão - saliva infectada.
  • Sintomas - aparecimento de tumores malignos, infecções, emagrecimento, falta de apetite, prostração, diarreia, anemia, doença crónica respiratória, infecções crónicas na boca, abcessos persistentes e recorrentes.
  • Testes - A partir do seis meses podem fazer testes sanguíneos para saber se o gato é portador da doença.
  • Vacinação - A 1ª vacina (produzida a partir do vírus morto) deve ser feita depois das 9 semanas de vida com uma dose de reforço passado 3 semanas a um mês.
  • Tratamento - Ainda não existe um tratamento disponível para a destruição do vírus porém as infecções que por causa dele surgem são tratadas com antibióticos e os tumores são controlados em casos possíveis por quimioterapia. Deste modo é possivel prolongar a vida do animal.

3 comments:

Bastet said...

Admiro as pessoas que ainda se dignam a Amar os animais!Por favor se não os pode ajudar pelo menos não os maltrate!A minha paixão verdadeira são os gatos!São seres vivos como nós,não os menospreze!

Sophie said...

Gostei mto das tuas palavras...e isso menos :)

Biranta said...

Eu tenho uma gata, gorda, luzidia, parece uma lontra... linda mas muito arisca. Tenho-a há anos!
No dia de Carnaval deste ano encontrei um gatinho, lindo, abandonado, com um ar muito triste, muito mal tratado, com feridas, coxeava e estava tremendamente sujo.
O que me impressionou e despertou a atenção foi o seu ar imensamente triste.
Quando ele percebeu que estava a observá-lo, veio para mim a miar baixinho e meio rouco. Chamei-o dizendo: "anda que dou-te comidinha" e ele veio até que era necessário atravessar a rua. Não se arriscou e ficou no passeio.
Estavam por ali uma senhoras conversando com uma outra que estava à janela e ele, o gato, foi anichar-se no meio delas, encostado à parede. Voltei com comida e ele comeu.
Por causa da outra gata e com receio de contágio, não o recolhi pensando apanhá-lo no dia seguinte para levar ao veterinário, antes de trazer para casa. Depois, já em casa, arrependi-me e fui buscá-lo com a caixa de transporte.
Ele não hesitou a entrar na caixa e trouxe-o... cuidei-o o melhor que pude e enquanto foi possível. Morreu ontem e ficou-me uma imensa dor.
O teste feito pelo veterinário não deixava ilusões: ele era FeLV positivo.
Tinha várias feridas abertas, estava muito magro e deixou de comer passados dois dias.
Tratei-lhe as feridas com tintura de cravinho (é o melhor tratamento que se lhes pode dar) e dava-lhe chá de camomila e salgueiro para baixar a febre. Decidi comprar leite para gatos, para lhe dar com uma seringa, se ele continuasse a recusar a comida. Não foi necessário. Ele bebeu o leite e, como que por milagre, começou a comer da comida, diferente, que lhe fui oferecendo. Engordou 600 gramas em oito dias. Fiquei feliz e com muita esperança...
Era um gato muito meigo. Não miava, falava! E respondia sempre que se falava com ele. Percebia tudo, estava habituado a muito mimo e até a ter colo. Se alguém se sentasse ele achava que o colo era dele e nem pedia licença.
Dei-me algum trabalho e despesa, mas compensou bem, pela forma civilizada e meiga como se comportava.
Era óbvio que, para além do virus, ele tinha outros problemas, nomeadamente intestinais... que eu não soube tratar. Começou a sentir-se pior e foi comer umas ervas que lhe fizeram diarreia... tentei tratá-lo como pode e sabia mas acabei recorrendo ao veterinário. Pelos vistos fiz mal.
Foi receitado "Dimicina", meio comprimido 3 vezes ao dia. Eu, às cegas, dei-lhe essa dose brutal, até notar que ele caía desamparado, estivesse onde estivesse, por efeito dos comprimidos. Nunca mais recuperou.
Eu explico melhor: quanto ao chá, eu tomo uma chávena, ou duas, de cerca de cem mililitros; a ele dava-lhe uma ou duas seringas de 5 mililitros, o que é cerca de um vinte avos (a minha dose a dividir por vinte), que era também a relação aproximada entre os nossos pesos. A dose máxima daqueles comprimidos, para humanos, é de 3 comprimidos 3 vezes ao dia; ou seja: 9 comprimidos por dia. Portanto, e fazendo a mesma relação do peso dosagem, a dose máxima, para ele, deveria ser cerca de meio comprimido por dia... talvez duas tomas de um quarto de comprimido?
Reparem que isto é a dose máxima. Será que se justificava a dose máxima? Pois a ele foi-lhe receitado o triplo disto. Seja como for, fez-lhe muito mal, não tenho dúvidas!
Mas só agora, depois dele morrer e procurando as causas, tentando aprender com a desgraça, é que verifiquei isto tudo.
Tentei de tudo para o socorrer e, se calhar, até ajudei a que morresse mais depressa, por ignorância, porquen estava a tratá-lo às cegas, porque deixei de ter confiança nos veterinários quando verifiquei o mal que os comprimidos lhe fizeram.
Certamente haverá quem saiba tratar estes gatos, porque alguns se curam e até duram muitos anos. Os veterinários é que deviam ter um protocolo de tratamento para fornecer às pessoas... e devia ser o mais natural possível, mas são demasiado ignorantes e preconceituosos para fazer isso.
E pronto! Ficou-me uma grande mágoa, o desgosto, o remorso... e fica um resumo da experiência... Pode ser que aproveite a alguém. Quem sabe?
Apelo a que, se alguém souber como tratar estes animais o divulgue. Eu teria agradecido muito se tivesse tido acesso a alguma coisa assim, que me orientasse melhor e permitisse salvar a vida do meu gatinho.